quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cultura Hot Dog




Quem nunca parou para comer em um carrinho de hot dog? Pois é, em todo lugar há um carrinho de cachorro-quente estacionado, seja na frente do estádio, da faculdade, do colégio, da igreja, do escritório ou em praças públicas.

O pão com salsicha é um prato típico dos Estados Unidos, mas não se sabe ao certo como e quando foi a sua origem. Alguns creditam os alemães pelo o fato da salsicha ter originado em Frankfurt em 1987, mas a popularidade do sanduíche aconteceu depois da Segunda Guerra Mundial, sob a influência da cultura norte-americana.

Nos EUA, o lanche é preparado com pão sovado, salsicha, molho agridoce picles, mostarda e catchup, incluindo chucrute e chili. No Brasil, cada região tem a sua forma particular de fazer o cachorro-quente. Na capital do estado de São Paulo, por exemplo, o sanduíche leva purê de batata e queijo; já no interior, o lanche é preparado com molho de carne moída ou frango. Os gaúchos servem com duas ou três salsichas, ou uma lingüiça em um pão que eles denominam “cacetinho”. Os pantaneiros acrescentaram o milho ao molho de tomate. No Rio de Janeiro, você pode encontrar o cachorro-quente de forno, feito com um pão levemente adocicado, salsicha, maionese, pimentão e coberto com queijo parmesão. O hot dog baiano é preparado com vários condimentos: ervilha, milho, ovo frito, molho vinagrete queijo parmesão ralado, queijo, presunto, às vezes é adicionado carne de hambúrguer e bacon entre outros. No Paraná, a novidade é o molho de lasanha.

O cachorro-quente foi bem vindo ao Brasil não só pelo o sabor, mas pela praticidade e também pelo preço acessível. Obviamente, não é única influência americana no país. Porém, mais do que uma influência gastronômica, o sanduíche adaptou-se na pluralidade cultural do brasileiro, que se identifica com a mistura de raças, línguas, cores e sabores. O que enriquece e valoriza nosso país são os diálogos entre as culturas, tudo fica mais gostoso no jeitinho brasileiro. Somos assim: “gigantes pela própria natureza”.




Entre copos e risos

Um dia desses estava numa lanchonete conversando com uma dupla fantástica. Na medida em que assuntos e risadas rolavam entre os copos de cervejas pudemos fazer uma breve reflexão sobre nossas escolhas profissionais. Na conversa participávamos um psicólogo, uma advogada e uma letrada.

Não éramos bons em esportes quando crianças. Aliás, atualmente, esportes não fazem partes das nossas vidas. Na escola éramos os últimos a serem escolhidos pelo time que iam se formando na turma. E ser o último escolhido para um adolescente é bem constrangedor. Quando se é adolescente queremos ser igual aos nossos amigos, não nos interessa ter uma personalidade diferente. Nos vestimos iguais, gostamos dos mesmos artistas pop, ouvimos a mesma banda ou a mesma cantora norte americana siliconada, colecionamos os mesmos artefatos, vamos todos juntos a mesma festa, fazemos parte do mesmo clubinho e é claro queremos praticar o mesmo esporte - “Ah manhê deixa, vai todo mundo”.

Mas, chega um dia que começamos a crescer tanto em sociedade como individualmente, sofrendo por vários processos de adaptação. No meu caso, estava cansada de ser a última escolhida no time de vôlei da escola, e nem conseguia sacar por cima (risos e muitos risos). Depois de muitas tentativas frustrantes de me encontrar nos esportes, resolvi levar revistas e livros para as aulas de educação física. E assim, fui descobrindo o mundo das letras.

Outra intriga que também contribui para minha escolha foi a dificuldade de tentar conversar com pessoas de diversas tribos, a maioria preferem falar de si o tempo todo e julgam preconceituosamente pessoas com pontos de vistas diferentes. Então, ainda me questiono, como é mesmo o processo de comunicação e interação entre os seres humanos?

Penso que muitos ainda preferem viver em fraternos clubinhos. E para podermos nos comunicar temos que falar a mesma linguagem e se enquadrar nos mesmos conceitos. É difícil cair de pára-quedas em um grupo social, se não falar a mesma língua logo já enfrentamos os pré-conceitos, e caímos às margens, o que, particularmente, é muito agradável viver nas margens da diversidade!